O que é?
A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar que se
caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de
comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios,
tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou
diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode
não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de
detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens,
embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.
O que se sente?
Ingestão compulsiva e
exagerada de alimentos.
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Vômitos autoinduzidos,
uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
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Alimentação excessiva,
sem aumento proporcional do peso corporal.
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Depressão.
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Obsessão por exercícios
físicos.
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Obsessão por exercícios
físicos.
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Comer em segredo ou
escondido dos outros.
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Complicações médicas
Inflamação na garganta
(inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito).
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Face inchada e dolorida
(inflamação nas glândulas salivares).
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Cáries e lesão sobre o
esmalte dentário. Desidratação.
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Desequilíbrio
eletrolítico.
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Vômitos com sangue.
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Dores musculares e
câimbras.
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Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma
síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos,
familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel
importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade
também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém
tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer
compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às
vezes, feito secretamente. Os comportamentos direcionados
a controle de peso incluem jejum, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes,
enemas, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia
nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana,
por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo
o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos
compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais
velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas,
portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde
precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas
só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.
Como se trata?
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no
tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo,
farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado
eficazes.
As medicações antidepressivas também têm se mostrado
eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito
alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão
alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária
uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do
paciente.
Como se previne?
Uma
diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como
familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante
fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção
de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental
no desencadeamento dos transtornos alimentares